Há uma direção ensolarada, clara, limpa, objetiva. E uma outra que se perde em voltas, afetos e narrativas. Não se trata de uma natureza essencialmente dual mas de uma invasão de longa data - uma introjeção - e com ela a fragmentação de um veículo que deveria estar inteiro, integrado ao rastro certeiro da direção ensolarada.
Há uma possibilidade, um movimento subjetivo sutil e preciso que mudará a direção interna.
Nessa direção há um posicionamento livre diante das cenas e coisas do mundo. Não identificado. Não vinculado a relações de plástico, de barganha ou de ruína.
Livre da cultura da queda.
Dos movimentos de queda.
Dos atravessamentos e emaranhados.
Bruno Fontoura