Integração Terapêutica

Integração de processos envolvendo estados não-ordinários de consciência.




Integrar é pegar partes que estão soltas, fragmentadas, afastadas sem relação direta com aquilo que se presume fazer parte de si mesmo e traze-las para uma forma, completa e digerida. A integração evita o engano simbólico e projeções na experiência. Mostra a importância de certos núcleos acessados e os investiga, enquanto trabalha, também, a sobriedade e a auto-escuta nessa investigação; a integração é também uma sessão de psicoterapia mas relacionada diretamente com a vivência de desvelamento que se passou.

A integração terapêutica é uma forma de evitar atravessamentos e ruídos, associações ilusórias e qualquer autorreferência meramente narcísica desses contatos. Evita a confluência de conteúdos colocando cada ponto em seu lugar; separa o que não é próprio. Além da importância daquilo que deve ser expresso pos-sessão: a criação discursiva à partir da experiência direta - a manifestação em linguagem - de uma vivência nova e ainda não inserida no contexto social e familiar tradicional. Podem ocorrer mudanças pessoais rápidas; todo esse caminho de constatação deve ser integrado à vida diária e às relações. A integração dinamiza esse processo evitando desvios e perda de tempo.

Outros pontos entram dando forma ao caminho como a arte, a música, o trabalho corporal e um "sintonizar" que ocorrerá de qualquer forma (tune in - Leary): o sentido verdadeiro das escolhas, eventos, pessoas e objetos que cercam a vida pessoal.

Bruno Fontoura


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