A inocência neurótica está em acreditar que o-que-é não será em algum momento ou que o-que-sempre-foi em raiz, mudará em essência. Isso é o ideal. O ideal une, agrega, valora, modela, embasa doutrinas para que haja uma maioria como iguais e alguns poucos ideais...O jogo do vislumbre, da identificação, das representações. O ideal é um negócio, tenta negociar o inegociável.
Aquilo que é, se manifesto; a verdade e não o teatro do ideal - sem máscara, sem antecipação - irá separar, diferenciar, se individuar. Nesse campo algo pode ser feito; não como mudança do que não pode ser mudado mas como manifestação ainda mais honesta de si mesmo, ainda mais distante do acordo de igualdade e da neuroticidade de grupo...ainda mais distante dos acordos-entre-irmaos.
Bruno Fontoura
• www.brunofontoura.com/2021/11/os-acordos-entre-irmaos.html
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